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Privacidade e LGPD

O paradoxo da privacidade e a LGPD

Você Sabe o Que é o Paradoxo da Privacidade e a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados)? Esse Artigo Vai Tirar Suas Principais Dúvidas Sobre Esse Tema.

Priscila Meyer

Priscila Meyer

Priscila Meyer

Facilidade, praticidade e agilidade foram apenas alguns dos benefícios apresentados pelos avanços tecnológicos com o passar dos anos. A inovação e o aprimoramento só fazem expandir os limites e as possibilidades humanas: o desenvolvimento de inteligências artificiais e o ininterrupto crescimento da presença e importância da internet. Permeando esferas pessoais e profissionais, campos públicos e privados, trazem empolgação, mas também preocupação.

Se, por um lado, a internet e a inteligência artificial nos oferecem inúmeras comodidades e perspectivas. Contudo, igualmente ampliam os poderes de quem as utiliza para fins maliciosos.

Dada a magnitude do volume das trocas e dos compartilhamentos de dados e informações e considerando-se a acentuação do processo de digitalização proporcionado pela pandemia da Covid-19, não há outra opção senão cuidar para serem preservados a integridade de sistemas e o sigilo de dados.

Como toda e qualquer movimentação no ambiente digital acaba rendendo algum tipo de informação. Além disso, começaram a observar o comportamento dos usuários na internet com grande atenção para tentar obter seus dados ilegalmente. Seja para utilizá-los ou comercializá-los.

O paradoxo da privacidade

É natural que queiramos preservar nossa privacidade, mas e quando a conveniência é tamanha que nem mesmo nos detemos a tempo de refletir sobre se um clique pode colocar tudo a perder? É alarmante o descompasso entre o discurso e a prática que envolve a proteção e segurança do que nos é particular. A isso damos o nome de O Paradoxo da Privacidade. A praticidade dos fluxos na internet não exercita nossa capacidade de ponderar sobre a sensibilidade do que está em jogo quando clicamos, compartilhamos e permitimos visualizações. 

Hackers, estejam em grupos ou agindo sozinhos, conscientes sobre o potencial de adquirir informações sensíveis e sigilosas, valorizam qualquer que seja seu tipo, até mesmo a que parece inofensiva.

Da nossa parte, diante de um paradoxo que coloca em xeque nossa privacidade, aumentamos vulnerabilidades conforme preenchemos perfis, compartilhamos gostos e desgostos ou simplesmente atendemos às requisições que nos chegam por mensagens.

Quando o usuário divulga suas próprias informações, está correndo o mesmo risco de ter dados usados em seu desfavor. Além disso, o roubo de identidade poderá não ser a ação final do cibercriminoso. Em nome das conveniências das redes, acabamos nos colocando em risco e, não raro, envolvendo prejuízos financeiro e intelectual.

Para alterarmos esse cenário, além de considerar os aspectos humanos que nos fazem abdicar da privacidade para publicar conteúdos, imagens e inúmeras outras informações, deverá ser devidamente identificado e categorizado o valor de se comportar de forma segura, responsável e consciente frente às ameaças cibernéticas. Entender quais atitudes estão prejudicando, de forma geral, o uso da internet e das informações que divulgamos, implica em identificarmos padrões:

1 - Intercâmbio social x Roubo de identidade

A facilidade de compartilharmos informações na internet nem sempre nos permite refletir sobre reverberações, desdobramentos e consequências de tal ação. Mas quem visa seu furto sabe perfeitamente bem o quanto pode ser rentável adquiri-las. As trocas, conversas e a dinâmica das redes sociais são empolgantes, estabelecer relacionamentos, criar vínculos e interagir com outras pessoas conforme uma das necessidades humanas mais básicas. Porém, há quem deseje explorar esse aspecto para roubar dados e identidades. Esse é um dos principais motivos da ineficácia de uma legislação por si só: não havendo programas de conscientização que enderecem a responsabilidade de cada usuário, as implicações de seus comportamentos e ações, o quanto revelam às redes sociais e as consequências de sua privacidade ser desconsiderada, será mantido o cenário onde estamos em desvantagem com relação aos hackers e cibercriminosos.


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2 - Conveniência x Riscos financeiros

Ainda que uma informação não pareça sensível ou comprometedora, a combinação de diversas outras poderá ser utilizada de maneira estratégica. Juntando e compilando dados de fontes e vazamentos variados, o cibercriminoso, dispondo de uma base de dados cada vez mais completa, ampliará suas chances de ser bem sucedido em seus golpes, afiando suas táticas de engenharia social.

A construção de uma comunicação crível, digna de confiança, e mais orientada a um tipo de pessoa, com determinado comportamento, terá, então, mais chances de ser efetiva.

A conveniência oferecida pelas tecnologias e pela internet, facilitando nossas vidas e apresentando funcionalidades que simplificam inúmeras tarefas. Trazendo, também, a consideração de que torna-se menos difícil haver descuidos acarretando em riscos e prejuízos financeiros.

Com técnicas crescentemente mais sofisticadas, mensagens melhor elaboradas e estratégias e tecnologias mais desenvolvidas, bastará o clique de uma única pessoa para o comprometimento de toda uma estrutura. Assim, permitindo ao hacker, a obtenção de dados e o acesso a contas. Ou até mesmo à solicitação de créditos e financiamentos em nome da pessoa que ele diz ser. 

Incutindo o peso de sua responsabilidade

Imersos em uma realidade tão marcadamente interconectada, com tantos benefícios quanto ameaças e riscos, é fundamental o desenvolvimento de medidas que visem assegurar nosso bem-estar. Tais medidas, conforme combatem a progressiva sofisticação de golpes e esquemas, devem complementar outras modalidades de prevenção. É valioso trazerem não apenas leis e regulamentação. Mas, também, uma conscientização tão esclarecedora quanto democrática a respeito do cenário envolvendo a internet e a segurança da informação.

Sobre leis

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais se tornou um esforço no sentido de estabelecer limites seguros aos seus usuários. Isso à medida que objetiva proteger os direitos fundamentais de liberdade e privacidade por meio da regulamentação do tratamento de dados pessoais (Planalto).

A proteção da privacidade compreende a ação conjunta de toda a sociedade. Mas, dependendo das falhas que aparecem na forma em que é ensinada e conscientizada, surgirão maiores dificuldades.

No entanto, não basta simplesmente promovermos treinamentos que transmitam esse conhecimento de maneira pontual. É fundamental e transformador aprofundá-los e torná-los tão acessíveis e assimiláveis quanto reconhecíveis na esfera mais particular da vida das pessoas. Internalizar a importância de se agir responsavelmente, naturalizando cuidados procedimentais e medidas preventivas que assegurem a privacidade no dia a dia dos usuários. 

Dessa forma, estabelecemos a base para a mudança plena da consciência que temos sobre nossa privacidade e o comportamento que a coloca em risco.

Assim, você, seus colaboradores e clientes, conscientes sobre o peso de suas ações e as responsabilidades, tomam melhores decisões no sentido de evitar comportamentos arriscados, que acarretem brechas nos sistemas de segurança, invasões e perdas de propriedade intelectual e financeiras.

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