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Browsers e cibersegurança: seu navegador pode estar te espionando!

Escrito por Ramon de Souza | 09/01/25 14:51
09/01/2025 às 11h50 | 10 min de leitura

 

Os navegadores web são ferramentas indispensáveis para o acesso à internet, mas também representam um dos principais alvos de cibercriminosos. Ao longo dos anos, as ameaças relacionadas a navegadores evoluíram de simples pop-ups de spam para ataques sofisticados, que comprometem a privacidade e a segurança dos usuários.

Um dos vetores mais preocupantes para ataques contra navegadores são as extensões maliciosas. Essas pequenas ferramentas, que prometem melhorar a experiência do usuário, podem se tornar um verdadeiro pesadelo de segurança.

Um recente artigo do site Bleeping Computer destacou como extensões comprometidas podem ser usadas para roubar credenciais e dados sensíveis. Segundo o relatório, essas ameaças estão se tornando a próxima fronteira para ataques de identidade.

Os plugins do submundo

Essas extensões maliciosas podem ser distribuídas por meio de marketplaces oficiais, como as lojas de extensões do Google Chrome ou Firefox. Uma vez instaladas, elas obtêm acesso a uma ampla gama de informações do usuário, incluindo histórico de navegação, cookies, tokens de sessão e até mesmo credenciais de login. Em muitos casos, esses dados podem ser utilizados para sequestro de sessões e roubo de identidade.

Os atacantes também podem comprometer extensões populares através de ataques direcionados aos desenvolvedores dessas ferramentas. Em julho de 2023, uma campanha maliciosa comprometeu diversas extensões do Google Chrome, afetando mais de 2,6 milhões de usuários, conforme relatado pelo site Fox News.

As extensões comprometidas injetaram códigos maliciosos nos navegadores, permitindo que hackers acessassem informações confidenciais dos usuários e os expusessem a ataques de phishing.

O modus operandi

O funcionamento de ataques por extensões maliciosas costuma seguir um padrão:

  • Distribuição: os atacantes colocam a extensão maliciosa em lojas oficiais ou a distribuem por meios alternativos;
  • Instalação pelo usuário: o usuário instala a extensão, acreditando que ela trará algum benefício, como bloqueio de publicidade ou aumento de produtividade;
  • Permissões excessivas: muitas dessas extensões solicitam permissões que vão além do necessário, como acesso total ao navegador e seus dados;
  • Roubo de dados: uma vez instalada, a extensão coleta informações como cookies de autenticação, tokens de sessão e histórico de navegação, enviando tudo para servidores controlados pelos atacantes.

Em resposta às crescentes ameaças cibernéticas, o mercado tem oferecido soluções de "safe browsers", ou navegadores seguros, que são projetados para proteger os usuários contra ameaças comuns, como extensões maliciosas, sites de phishing e rastreamento indesejado.

Geralmente, porém, tratam-se de soluções que necessitam ser adquiridas por times de segurança como um complemento para uma infraestrutura maior de proteção.

Remote Browser Isolation (RBI)

Uma abordagem que vem ganhando espaço é o Remote Browser Isolation (RBI), ou Isolamento Remoto de Navegador. Essa tecnologia permite que a navegação seja feita em um ambiente isolado, fora do dispositivo do usuário. Dessa forma, qualquer conteúdo malicioso presente em um site é contido no ambiente remoto, não afetando o dispositivo do usuário.

O RBI tem sido adotado por empresas para proteger seus colaboradores contra ataques de phishing e malwares baseados na web. Essa solução pode ser implementada como parte de uma arquitetura de segurança mais ampla, garantindo que mesmo se um site malicioso for acessado, o dispositivo do usuário permaneça protegido.

Melhores práticas para mitigar riscos

Embora soluções de navegadores seguros sejam importantes, há também boas práticas que os usuários podem adotar para se protegerem:

  • Manter o navegador atualizado: as atualizações corrigem vulnerabilidades que podem ser exploradas por cibercriminosos;
  • Selecionar extensões com cuidado: instalar apenas extensões de fontes confiáveis e revisar as permissões solicitadas;
  • Usar autenticação de dois fatores (2FA): proteger contas online com 2FA reduz o risco de roubo de identidade;
  • Evitar sites suspeitos: não clicar em links de origem desconhecida e evitar o download de arquivos de sites não confiáveis.

A importância do preparo do usuário

Os navegadores web são portas de entrada essenciais para a internet, mas também apresentam riscos significativos para a segurança e privacidade dos usuários. Extensões maliciosas representam uma ameaça emergente, destacando a necessidade de medidas proativas de proteção.

Soluções como navegadores seguros e tecnologias como Remote Browser Isolation podem reduzir os riscos associados à navegação online, enquanto boas práticas de segurança pessoal ajudam a mitigar ameaças cotidianas, mas nada substitui um usuário bem preparado e educado para realizar um uso consciente das ferramentas digitais.

Na Eskive, após 14 anos de experiência, desenvolvemos uma metodologia eficiente para conscientizar os usuários e reduzir o risco humano. Fale conosco para entender como um programa de conscientização pode lhe ajudar a mitigar tais riscos!