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Segurança

Cibersegurança em 2025: previsões, tendências e desafios do mercado

Profissionais da área e usuários devem esperar ataques mais sofisticados, incluindo phishing direcionado elaborado com ajuda de inteligência artificial.

Ramon de Souza

Ramon de Souza

(ISC)² Certified in Cybersecurity | Journalist | Author | Speaker

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A cibersegurança tem evoluído rapidamente nos últimos anos, acompanhando o avanço da tecnologia e a crescente sofisticação das ameaças digitais. Em 2025, espera-se um cenário ainda mais complexo, impulsionado pelo aumento da digitalização e pela necessidade de proteger dados sensíveis de indivíduos e organizações. No Brasil, um país com alta conectividade e desafios peculiares, os desafios devem ser ainda mais assombrosos.

Golpes e ameaças: maior sofisticação

Golpes de phishing devem continuar liderando as tentativas de fraudes cibernéticas, mas com uma evolução significativa em termos de sofisticação. Criminosos passam a usar ferramentas de inteligência artificial para criar mensagens altamente personalizadas, baseadas em dados capturados de redes sociais e bancos de dados expostos em vazamentos.

Além disso, plataformas como WhatsApp e Telegram deverão ser alvos preferenciais devido à sua ampla adoção no Brasil, facilitando golpes como o envio de links maliciosos e solicitações fraudulentas.

Ataques de ransomware — que sequestram dados ou sistemas e exigem pagamento para sua liberação — não apenas se tornarão mais frequentes, mas também mais direcionados. Empresas de médio e pequeno porte, hospitais e órgãos governamentais no Brasil estarão entre os alvos mais vulneráveis. A baixa maturidade em cibersegurança de muitas organizações brasileiras torna-as presas fáceis para criminosos.

Por fim, a evolução das tecnologias de deepfake acabará por adicionar uma nova camada de risco e frequência de tais ataques. Falsificações de vozes e vídeos serão utilizadas para golpes sofisticados, como enganar funcionários de empresas para transferir grandes quantias de dinheiro ou manipular consumidores em fraudes de identidades.

Inteligência artificial na defesa e no ataque

A inteligência artificial será o principal catalisador de mudanças no cenário de cibersegurança até 2025. Tanto atacantes quanto defensores estarão cada vez mais equipados com ferramentas baseadas em IA, tornando o embate digital mais complexo e dinâmico.

Do lado ofensivo, criminosos cibernéticos usarão IA para identificar vulnerabilidades em sistemas de maneira mais rápida e eficiente. Ferramentas automatizadas serão capazes de reconhecer padrões de defesa, encontrar brechas e até mesmo criar ataques personalizados, impossíveis de serem detectados por sistemas tradicionais. O uso de bots alimentados por IA também permitirá ataques em larga escala, como campanhas de phishing automatizadas sem perda de precisão.

Por outro lado, a inteligência artificial será um recurso crucial para a defesa. Sistemas de monitoramento baseados em IA terão a capacidade de detectar anomalias em tempo real, prever comportamentos maliciosos e até neutralizar ataques de forma autônoma. Soluções como firewalls inteligentes e sistemas de resposta automatizada ajudarão empresas brasileiras a reduzir o tempo de resposta a incidentes.

Contudo, a alta dependência de IA também introduz novos riscos, como a manipulação maliciosa desses sistemas pelos próprios criminosos.

Reforço em privacidade de dados

No Brasil, a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi um marco para a privacidade e a segurança de informações pessoais. No entanto, até 2025, a pressão regulatória sobre empresas deverá aumentar significativamente, forçando organizações a priorizarem o tema em suas estratégias.

Embora muitas organizações ainda estejam em fase inicial de conformidade com a LGPD, até 2025 espera-se uma maior fiscalização e aplicação de sanções em casos de descumprimento. Isso incentivará companhias a investirem em ferramentas como anonimização e criptografia de dados, bem como no treinamento de funcionários para reduzir erros humanos que podem resultar em vazamentos.

Além das exigências legais, os consumidores brasileiros estarão mais atentos aos seus direitos de privacidade, exigindo transparência na coleta e uso de dados. Essa mudança cultural obrigará empresas a revisarem políticas de proteção e investirem em cibersegurança como parte de sua estratégia de reputação.

Apesar dos avanços, vazamentos de dados continuarão sendo um desafio no Brasil. Até 2025, ataques a bancos de dados mal-configurados e o uso indevido de informações pessoais por terceiros serão uma preocupação constante. Empresas que não implementarem políticas robustas de segurança poderão enfrentar não apenas multas, mas também prejuízos significativos à sua imagem.

Desafios locais potencializados

Embora as tendências globais influenciem diretamente o Brasil, o país também enfrenta desafios únicos no campo da cibersegurança. a escassez de mão-de-obra especializada é uma realidade no país. Em 2025, a demanda por especialistas deverá superar ainda mais a oferta, comprometendo a capacidade de muitas empresas de implementar estratégias eficazes de defesa.

Além disso, empresas brasileiras, especialmente pequenas e médias, enfrentam dificuldades financeiras para investir em tecnologias de ponta. Ferramentas avançadas de cibersegurança, como soluções baseadas em IA e sistemas de monitoramento em tempo real, representam um custo elevado, criando uma lacuna de proteção.

A colaboração entre setor público e privado será essencial para fortalecer o ecossistema de cibersegurança no Brasil. Iniciativas conjuntas podem incluir desde a criação de políticas públicas que incentivem investimentos no setor até o compartilhamento de informações sobre ameaças em redes corporativas e governamentais.

Conscientização: novos caminhos à vista!

Claro, não poderíamos deixar de falar sobre os novos desafios — e oportunidades! — no que diz respeito aos riscos relacionados ao fator humano. Felizmente, as empresas estão cada vez mais cientes da importância de conscientizar, educar e mensurar o comportamento de seus colaboradores (independente de sua posição, setor ou nível hierárquico) para ter sucesso em sua estratégia de segurança da informação.

Com isso, surge a demanda por soluções disruptivas que resolvam tal dor de forma inovadora, tal como a Eskive, que incentiva as corporações a irem além do nível de conscientização básica para compliance e realmente reduzir os riscos humanos, rumo à criação de uma cultura interna focada em segurança e privacidade. Isso se relaciona, inclusive, com os perigos regionais e legislações brasileiras.

Um ano de desafios e oportunidades

A cibersegurança em 2025 será definida por um cenário de constante adaptação e evolução tecnológica. No Brasil, as organizações terão que lidar com golpes mais sofisticados, regulamentações rigorosas e a pressão por proteger dados em um ambiente digital cada vez mais complexo.

O uso de inteligência artificial representará tanto uma oportunidade quanto uma ameaça, enquanto a conformidade com a LGPD exigirá mudanças significativas em processos e mentalidades.

Superar esses desafios exigirá investimentos contínuos em tecnologia, capacitação de profissionais e maior conscientização dos consumidores sobre os riscos digitais. Em última análise, a segurança cibernética não será apenas uma questão de tecnologia, mas também de estratégia, colaboração e cultura organizacional.

No que tange à educação dos usuários, a Eskive é uma plataforma de human risk reduction com uma metodologia única para ensinar aos seus colaboradores sobre as ameaças digitais e transformá-los em uma força de proteção em sua estratégia de segurança. Converse conosco e saiba mais!

 

 

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