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Disrupções e prejuízos: os desafios cibernéticos das instalações industriais

Escrito por Ramon de Souza | 14/06/24 17:38
14/06/2024 às 14h30 | 4 min de leitura 

Os recentes ataques cibernéticos que paralisaram grandes montadoras destacam uma vulnerabilidade crítica no setor automotivo e em ambientes industriais em geral. Esses incidentes não apenas comprometem a segurança da informação, mas também resultam em disrupções significativas nas operações, impactando a produção e a continuidade dos negócios.

O setor automotivo tem visto uma crescente interconectividade e digitalização, com veículos modernos incorporando sofisticados sistemas de TI e IoT. Essa evolução, embora traga avanços tecnológicos e eficiência, também aumenta a superfície de ataque para cibercriminosos. Recentemente, grandes marcas como a Honda e a Nissan enfrentaram paralisações em suas operações devido a ataques cibernéticos.

Em um caso notório, a Honda foi alvo de um ransomware que interrompeu suas linhas de produção globalmente, causando atrasos significativos e prejuízos financeiros substanciais.


O papel da IATF 16949 na preparação e resposta a ataques cibernéticos

A IATF 16949, uma norma internacional que especifica os requisitos do sistema de gestão da qualidade para a indústria automotiva, destaca a importância de um plano de contingência robusto.

De acordo com a sua seção 6.1.2.3, as empresas devem "preparar planos de contingência para a continuidade do fornecimento no caso de qualquer um dos seguintes eventos: falhas de equipamentos chave, interrupção de produtos, processos e serviços fornecidos externamente, desastres naturais recorrentes, incêndios, interrupções de utilidades, ataques cibernéticos a sistemas de tecnologia da informação, escassez de mão de obra ou interrupções de infraestrutura."


Desafios em ambientes industriais

Mas não pense que é apenas o segmento automotivo que enfrenta desafios perante o aumento da conectividade. A complexidade dos ambientes industriais, especialmente na manufatura automotiva, aumenta o desafio de proteger contra ataques cibernéticos. As operações dependem de uma cadeia de suprimentos global interconectada, sistemas de controle industrial (ICS) e tecnologia operacional (OT).

Esses componentes são frequentemente alvos de ataques devido à sua importância crítica e, muitas vezes, falta de robustez em termos de segurança cibernética.

Os ataques podem resultar em paradas de produção, comprometimento de dados sensíveis, e impactos na segurança física dos trabalhadores e produtos. A disrupção de uma linha de produção pode ter efeitos em cascata ao longo da cadeia de suprimentos, afetando não apenas o fabricante, mas também fornecedores e clientes.


Não se esqueça do fator humano!

A crescente sofisticação dos ataques cibernéticos exige que o setor automotivo e outras indústrias adotem medidas robustas para proteger suas operações. A IATF 16949 fornece um quadro essencial para a preparação, proteção, resposta e recuperação de ataques cibernéticos, destacando a importância de planos de contingência e testes regulares de segurança.

Contudo, não podemos nos esquecer jamais da importância do fator humano na redução de riscos de incidentes de segurança da informação. A norma citada, inclusive, orienta que todo o quadro de colaboradores receba treinamentos contínuos sobre ameaças cibernéticas e uso adequado dos recursos de tecnologia da informação que fazem parte dos processos de produção.

Na Eskive, temos uma metodologia própria atestada por grandes corporações na redução do risco humano, incluindo em ambientes industriais que precisam manter conformidade com normas como a IATF 16949.

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