A Black Friday 2024 é um dos eventos mais aguardados pelos brasileiros, mas também atrai cada vez mais golpistas. Em 2023, o Brasil registrou um aumento de 70% nas fraudes durante o evento, e as projeções indicam que 2024 será ainda mais desafiador para o consumidor final. Para evitar prejuízos, é essencial conhecer as práticas recomendadas pelos principais órgãos de defesa e especialistas.
Os principais perigos
Os golpes durante a Black Friday ocorrem de diversas formas, com destaque para:
- Phishing: e-mails e mensagens fraudulentas imitam empresas legítimas para roubar dados financeiros;
- Sites falsos: oferecem produtos com descontos irreais, mas não entregam as compras;
- Clonagem de cartões: em transações inseguras, dados de cartões são capturados e usados para compras indevidas.
Dicas para evitar golpes na Black Friday 2024
Verifique a reputação das lojas
Uma recomendação da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) é sempre pesquisar a reputação da loja em plataformas de avaliação, como o Reclame Aqui. Sites e lojas que apresentam muitas reclamações de clientes devem ser evitados.
Atenção às ofertas muito abaixo do mercado
Golpistas aproveitam o desejo de economizar para oferecer descontos irreais. Especialistas sugerem desconfiar de ofertas muito abaixo da média do mercado. O alerta aqui é que, na dúvida, o ideal é comparar o preço com outras lojas para verificar se a oferta é realmente confiável.
Cuidado com links em e-mails e SMS
Criminosos utilizam e-mails e mensagens com links falsos que, ao serem clicados, redirecionam o usuário a páginas de phishing. Para evitar esses golpes, é importante acessar sites de e-commerce diretamente pelo navegador e evitar clicar em links enviados por mensagens, conforme recomendado pelo Procon-SP.
Utilize cartões virtuais
Diversas instituições financeiras, incluindo grandes bancos, recomendam o uso de cartões virtuais para compras online. Esses cartões têm números temporários que expiram após a transação, reduzindo o risco de clonagem.
Não compartilhe dados pessoais desnecessários
Muitos golpes se aproveitam da falta de cautela ao fornecer dados pessoais. Os órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, orientam que os consumidores nunca forneçam informações como CPF, endereço e número de cartão de crédito em sites que não parecem confiáveis ou que solicitam esses dados sem necessidade.
Ferramentas de segurança para lhe ajudar
Para aumentar a proteção, várias plataformas financeiras oferecem ferramentas adicionais:
- Autenticação Multifatorial (MFA): garante que apenas o proprietário da conta possa acessar suas informações;
- Alertas de transação: várias instituições bancárias permitem configurar notificações instantâneas sobre o uso do cartão;
- Plataformas de pagamento confiáveis: sempre finalize suas compras em sites reconhecidos e com certificados de segurança (indicados pelo ícone de cadeado no navegador).
Como reconhecer um site falso?
Criminosos criam sites falsos que se assemelham aos de grandes varejistas para enganar os consumidores. Como ressaltado pelo Procon-SP, alguns sinais de sites falsos incluem: endereços estranhos ou que contêm erros de ortografia; falta de informações básicas sobre a empresa, como CNPJ e endereço físico; layouts que parecem amadores ou inconsistentes com a marca original.
O crescente impacto das fraudes
Os golpes têm impacto significativo no comércio e nas finanças dos consumidores. Em 2023, fraudes online durante a Black Friday geraram prejuízos estimados em mais de R$ 2 bilhões no Brasil. Esse montante, segundo o Serasa, representa um risco crescente, principalmente à medida que as transações digitais se expandem. Para 2024, o aumento nas tentativas de golpe já é perceptível, com especialistas alertando que o nível de sofisticação dos cibercriminosos é cada vez maior.
Além de tomar precauções, é importante que os consumidores denunciem tentativas de fraude às autoridades competentes, como o Procon e a Polícia Civil. A denúncia ajuda a identificar novos golpes e a proteger outros consumidores.
No caso de fraudes já realizadas, o Banco Central orienta que os clientes entrem em contato com o banco o mais rápido possível para tentar cancelar transações ou, pelo menos, bloquear o cartão utilizado.