Como já sabemos, o Instituto SANS (sigla para System Administration, Networking and Security) é simplesmente a maior autoridade do planeta quando o assunto é conscientização em segurança da informação. Basta lembrar que foi ela a responsável por criar o respeitado Modelo de Maturidade de Conscientização em Segurança, que é usado para mensurar o quão avançado está o seu programa de human risk reduction.
No último dia 30, às vésperas de seu congresso “Managing Human Risk Summit 2024” — no qual nossa CEO esteve presente —, a organização resolveu enfim publicar a edição deste ano de seu tradicional Security Awareness Report, que traz um panorama global a respeito de como as empresas estão educando o fator humano ao redor do mundo, tal como seus desafios e oportunidades.
O documento traz alguns insights bem interessantes, especialmente se compararmos os números com os do report anterior. Não mudou muito, porém, o nível de maturidade geral dos programas: após entrevistar cerca de mil profissionais da área, a SANS constatou que, tal como em 2023, a maioria (425) dos respondentes afirmam que seu programa está na fase de Promoção de Conscientização e Mudança Comportamental.
Caso você não se lembre, este é o terceiro dos cinco níveis do Modelo de Maturidade, e é o mínimo ideal que devemos almejar, com ações contínuas e periodicamente revisadas. Preocupa o fato de que 181 dos entrevistados ainda estão na fase de Focado em Compliance, no qual o treinamento é mínimo apenas para atender as necessidades de conformidade legislativa. Em 37 das entrevistas, um programa sequer existe na empresa.
Dentre os riscos associados ao fator humano que mais preocupam os profissionais, os quatro principais que se destacam são:
Entre outras preocupações, temos ainda o uso indevido de redes sociais, a computação na nuvem e o trabalho remoto.
Mas, no fim das contas, para quem — ou para o quê — podemos apontar o dedo como principal responsável pelos programas de conscientização estarem “travados” no mesmo nível de maturidade de 2023? Bom, o principal culpado, de acordo com 41% dos entrevistados, é simplesmente a falta de tempo. Esse fator vem diretamente acompanhado do segundo colocado, com 37% dos respondentes: falta de equipe.
Todos sabemos que os times de segurança da informação são diminutos e altamente atarefados. Falta mão-de-obra especializada para cobrir adequadamente todos os pontos das operações de proteção. Como a conscientização continua sendo deixada um pouco de lado pela alta gerência, esses profissionais acabam não tendo o tempo necessário para se dedicar a criar ações, estratégias e jornadas educacionais adequadas.
Falta de orçamento (29%), parcerias fracas (18%), falta de suporte da liderança (17%) e falta de engajamento dos próprios colaboradores (17%) também foram apontados como "pedras no sapato" que impedem a caminhada dos programas de conscientização.
Quem mais atrapalha?
Outra estatística inédita que podemos encontrar no Security Awareness Report deste ano é o fato de que Gestores de Nível Médio foram apontados por 246 entrevistados como os principais bloqueios nos avanços dos programas de conscientização. Focados em fazer seus respectivos times cumprirem metas e produzirem mais, eles estariam atrapalhando o bom andamento das ações educacionais, mesmo que elas sejam pontuais.
Os Gestores de Nível Médio têm atrapalhado mais do que aquele que, historicamente, sempre ocupou o primeiro lugar, mas que desta vez ficou com a medalha de prata: o departamento Financeiro (apontado por 205 dos respondentes). Temos em seguida “Outros” (193), Operações (170), Comunicações/Branding (134) e Recursos Humanos (124).
A Eskive resolve para você!
O SANS 2024 Security Awareness Report é extenso e detalhado — caso deseje, pode obtê-lo na íntegra (em inglês) neste link. Contudo, as informações que resumimos neste artigo já trazem algumas percepções interessantes sobre os desafios na conscientização do fator humano — e o principal deles é, sem dúvida, a falta de tempo e de equipe para garantir que as ações educacionais sejam aplicadas adequadamente.
Essa é justamente uma das barreiras que a Eskive vem para quebrar. Nossa plataforma oferece jornadas educacionais automatizadas e sem onerar a sua equipe — basta “encaixar” os módulos de aprendizagem e simulações de ataque de acordo com a sua necessidade no cronograma e deixar o resto com os nossos especialistas. Falta de tempo e de mão-de-obra especializada não vão ser mais uma preocupação.
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